No ouro, e em mais nenhum material precioso, há o hábito de comunicar a pureza das ligas aludindo-se a “quilates” ou ”Kilates”.
Tudo começou quando o imperador Constantino, o Grande (272-337 DC) mandou cunhar o solidus.
Esta moeda em ouro fino pesava 24 sementes de alfarroba, usadas antigamente como contrapesos devido ao seu tamanho e volume uniformes. Foi aqui que surgiu a expressão “ouro de 24 quilates” para o ouro puro, também denominado de ouro fino.
As sementes de alfarroba, devido ao seu formato, eram antigamente chamadas de “keration”, que significa “chifre”. Eventualmente, a palavra evoluiu para “carat”, terminologia utilizada até hoje.
A pureza do ouro
Rapidamente se percebeu que o ouro puro não poderia ser utilizado para produzir as moedas, pois este metal precioso é bastante mole.
Desta forma, começou a juntar-se ao ouro outros metais, como o cobre, conferindo-lhe mais rigidez.
Esta junção de outros metais acabava por dar outra tonalidade ao ouro, surgindo assim o ouro rosa, ouro branco, entre outros.
Com a mistura de outros metais, variava também o valor da peça, que era medido em quilates, ou seja, a quantidade de ouro que possuía.
Consideremos então que uma peça é composta por 24 partes. O ouro puro tem 24 kilates, ou seja, tem 24 partes de ouro. Uma jóia de 18 quilates é uma peça composta por 18 partes de ouro, mais 6 partes de outro metal. Se falarmos numa peça de 19,2K, isto significa que a sua composição é formada por 19,2 partes de ouro e 4,8 partes de outro metal.
Habitualmente, o ouro mais utilizado em jóias é o de 18K, no entanto, em Portugal, é habitual a criação de peças com 19,2K, fazendo da ourivesaria portuguesa uma das mais valiosas no mundo.